Análise do efeito da pasta de dentes no crescimento microbiano

O dia 15 de fevereiro, na EB Sto. Onofre, marcou o início de um conjunto de atividades relacionadas com a Saúde Oral, promovidas pelo Clube Ciência Viva – SO, em parceria com o Instituto Politécnico de Leiria (IPL) – Polo de Peniche.

As investigadoras Teresa Mouga, Cármen Elias e o estudante de mestrado Henrique Ferreira do MARE das áreas de recursos alimentares marinhos, biotecnologia e aquacultura, desenvolveram o workshop “Como testar o efeito antimicrobiano da pasta de dentes” com as turmas do 9.º ano, nas disciplinas de Ciências Naturais e Matemática.

Pretendeu-se demonstrar como a pasta de dentes, acrescida de uma boa escovagem dentária, tem um papel antimicrobiano fundamental no controlo de cáries dentárias. A técnica conhecida como riscado, foi executada pelos alunos em ambiente de assepsia, o mais controlado possível, de forma a impedir a contaminação das placas com o material biológico de colónias puras de Micrococcus luteus, uma bactéria gram- positiva, não patogénica. A realização do teste de sensibilidade aos antimicrobianos era uma das principais tarefas a realizar, de forma a poder ser interpretado o efeito da pasta de dentes como agente antimicrobiano (antibiótico) ou não. Por exemplo, a penicilina atua sobre a parede celular, a nistatina sobre a membrana plasmática, o cloranfenicol inibe a síntese proteica e as quinolonas interferem com a síntese de ácidos nucleicos.

Os alunos mostraram-se interessados e curiosos levantando algumas questões, além de cautelosos na execução das tarefas.

Hoje, testamos o efeito de várias substâncias sobre o crescimento microbiano, daqui a 16 ou 18 horas a interpretação já poderá ser feita, pela medição do halo de inibição. Vamos a isso! E tiramos as conclusões. Mãos ao trabalho e toca a tirar conclusões!

A equipa do Clube de Ciência Viva-SO